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A caminho de Santiago

O relato das minhas aventuras pelos Caminhos de Santiago

A caminho de Santiago

O relato das minhas aventuras pelos Caminhos de Santiago

Dia 05 - Caminho Francês de Santiago

27.09.10, daraopedal

Hoje, bem cedo, o DJ de serviço decidiu brindar-nos com cânticos gregorianos, logo pelas 6 da manhã para nos acordar. Mesmo assim, ainda me deixei ficar até às 7h. Saímos do albergue de S. Saturnino (Muito bom!) às 8h em ponto, mas 1 km depois tive de parar para voltar a tratar dos travões da bicicleta. Até Nájera atravessámos imensas zonas de vinhedos.

O troço era em terra dura e aos buracos, o que se tornava muito desagradável para o rabo. Em Nájera, de assinalar as falésias rochosas de tom avermelhado escuro, junto aos prédios e o facto de termos reencontrado a ciclista que tinha pernoitado no mesmo albergue.

Devia ser alemã e pretendia seguir para Madrid depois de chegar a Santiago,sempre de bicicleta. Continuámos no piso "rompe-cús" e em subida contínua, quase imperceptível, mas desgastante.

Em Stº Domingos de la Calzada, aproveitámos uma estação de lavagem automática para tirar a lama seca do quadro das bicicletas e o pó acumulado nas transmissões.

Ficaram como novas. Fomos a uma padaria e a um mini-mercado e lanchámos numa pequena praça perto do albergue.

Em seguida ainda fomos espreitar a zona da catedral e da torre, mas não entrámos.

Com tanta volta, acabámos por por perder o trilho e tivemos de andar para trás e para a frente para o reencontrar.

A partir daqui as zonas de vinha desapareceram completamente para dar lugar aos imensos campos de trigo (já ceifado) onde só restava o restolho.

Também encontrámos zonas de campos de girassóis, onde os peregrinos se divertiam tirando algumas sementes de forma a criar desenhos na própria flor. Muito bonito e original.

A partir de Redecilla del Camino, entrámos na província de Castilha, facto indicado por uma grande placa e, no centro da aldeia, por um marco.

O caminho já não era o "rompe-cus" mas antes de terra e gravilha, o que sempre é melhor. Os últimos quilómetros até Belorado foram sempre a descer, e que bem que souberam!

Carimbámos num albergue que já estava lotado e seguimos até à praça mayor para almoçar quando já passava das 15h. Já eram 16h15 quando saímos do restaurante com ideias de ficar em Villambista, a 6km, no albergue. Por ser dia de festa local, estava fechado. Continuámos até Espinosa del Camino, mas uns betetistas que estavam parados por lá disseram-nos que estava cheio. Mau! Felizmente, em Villafranca Montes de Oca, tínhamos lugar no albergue, num edifício que parecia uma antiga escola.

À noite, depois de jantar, ainda tivemos oportunidade de assistir a um espectáculo de danças russas que decorreu junto à igreja. Os trajes dos bailarinos eram super coloridos.