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A caminho de Santiago

O relato das minhas aventuras pelos Caminhos de Santiago

A caminho de Santiago

O relato das minhas aventuras pelos Caminhos de Santiago

Dia 09 - Caminho Francês de Santiago

27.09.10, daraopedal

6h20. Toca o relógio. Levantámo-nos, montámos os alforge e arrancámos.

Chegámos a Hospital de Orbigo, um local com uma grande ponte medieval, bastante bonita, mas que estava tapada em obras para recuperação. Acabámos por seguir pela variante junto à estrada até Astorga, um percurso sem grande história, mas menos exigente.

 

Gostei de Astorga: é uma pequena cidade com origens romanas. Na Plaza Mayor, um carrilhão dava as horas com duas figuras mecanizadas.

Um pouco antes tínhamos passado pelas ruínas de vestígios de uma casa romana. A partir de Astorga, o percurso começou gradualmente a subir dos 869m para os 1149m de Rabanal del Camino.

Fomos sempre junto à estrada passando por Stª Catalina de Zomoza, uma pequena aldeia pitoresca. O calor apertava e o sol batia intensamente e a pique. Lá continuámos por Rabanal del Camino, uma aldeia que se resumia a uma calle a subir com restaurantes de um lado e outro.

 
Passámos pela aldeia, quase em ruínas de Foncebadon, a última antes do nosso objectivo do dia.

O nosso objectivo era outro: chegar à Cruz de Ferro, um local mítico do Camino, com um monte de pedras à volta de um poste de madeira com uma pequena cruz no topo. Dizem que foram os peregrinos que o criaram.

A tradição diz que devemos deixar uma pedra do tamanho dos nossos pecados, que teremos carregado desde o sítio de onde partimos. A partir daí entrámos numa zona de paisagens deslumbrantes a fazer lembrar as serras de Arouca e seriam 15 km sempre a descer por estrada.

Encontrámos uma casa curiosa na aldeia abandonada de Manjarim, mesmo à beira da estrada, cheia de bandeiras e indicações dos quilómetros para diversos pontos do mundo.

Descemos mais uma bocado, sempre por estradas muito inclinadas onde uma falha de travões seria facilmente fatal até à aldeia de El Acebo, onde almoçámos muito bem.

Aqueles filetes de ternera saborosos souberam mesmo bem! Continuámos até Molinaseca.

Chegados a Molinaseca e à sua ponte de entrada na aldeia ficámos conquistados. Não conseguimos resistir a uma praia fluvial cheia de gente.

Estava muito calor e a agua convidava a uma banhoca. Optámos por ficar ali mesmo. Fomos procurar o albergue e demos entrada no albergue de Santa Marina.

Depois de tomar banho e lavar a roupa, fomos a pé até ao centro da aldeia e ao rio. Não resisitmos à água e apesar de não termos fatos de banho entrei na água pelo menos para molhar as pernas. Estivemos a apreciar a multidão, inclusivé um grupo de italianos pelo qual tínhamos passado depois de Manjarim. As miúdas do grupo não resistiram e sacaram a roupa e foram mesmo de roupa interior à água. Jantámos ali ao lado numa esplanada e soube mesmo bem aproveitar o fim do dia por ali. Hoje fizemos 76.42 km em 5h30min, à média de 14.25 km/h.

   

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